Brasileira é suspeita em caso de corpo enviado pelo correio no Japão
Uma brasileira, de identidade não divulgada, está envolvida em um caso estranho ocorrido no Japão. A polícia local investiga a morte da enfermeira Rika Okada, de 29 anos, cujo corpo foi enviado de Osaka para Tóquio por um serviço de entrega expressa. A "encomenda" percorreu cerca de 400 quilômetros e foi descoberto em uma caixa de papelão de dois metros. No formulário de entrega, o conteúdo da encomenda foi descrito como sendo uma "boneca". A caixa foi encontrada dentro de um contêiner alugado como depósito, na cidade de Hachioji, subúrbio da capital japonesa. Mas antes o corpo foi entregue em um apartamento alugado em nome da brasileira envolvida no sumiço da enfermeira.
A suspeita é de que tanto a brasileira quanto uma chinesa estejam envolvida no assassinato de Rika. Ambas viajaram no início do mês para Xangai, na China, e não tinham voltado mais ao Japão. Na última terça, a brasileira se entregou no consulado geral do Japão em Xangai. A polícia japonesa solicitou sua extradição porque ela teria viajado com uma passaporte japonês falso.
Também há a suspeita que a brasileira utilizou cartões de crédito da enfermeira japonesa morta, com gastos que passam de R$ 10 mil. Além disso, segundo a transportadora, o "pacote" com o corpo de Rika foi pago com o próprio cartão da vítima. A enfermeira estava desaparecida há dois meses, quando não apareceu mais no hospital em que trabalhava. Pouco antes do desaparecimento, Rika escreveu no seu Facebook que iria se encontrar com uma amiga que não tinha contato havia muitos anos. A brasileira e a japonesa teriam estudado juntas em um colégio em Osaka.
Segundo o pai da brasileira, a filha estava fora de casa desde uma briga, três anos atrás. "Eu nem sabia que ela estava morando em Tóquio", disse o pai da suspeita.
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