martins em pauta

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Sob ataques, Bolsonaro não comparecerá à posse de novo presidente do TSE

 Terça, 22 de Fevereiro de 2022

O presidente Jair Bolsonaro não acompanhará a posse da nova presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em cerimônia marcada para às 19 horas desta terça-feira (22).

Luiz Edson Fachin, assume a cadeira até então ocupada por Luis Roberto Barroso, e terá o colega de Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, como vice.

Segundo o ofício encaminhado pelo Palácio do Planalto, Bolsonaro justificou a ausência pois já tinha compromissos em sua agenda, que coincidem com a data e horário da posse no TSE

"Considerando compromissos preestabelecidos em sua extensa agenda, o senhor presidente Jair Bolsonaro não poderá participar do referido evento. Assim, agradece a gentileza e envia cumprimentos"

Vale destacar que a ausência de um presidente da República em cerimônia de posse no TSE não é novidade e sequer pode ser objeto de polêmica, ainda que a velha mídia tente destacar o fato desta forma.

Em 2020, por exemplo, Jair Bolsonaro participou da posse de Barroso, realizada de forma virtual.

Segundo levantamento do Portal G1, do grupo Globo, os presidentes que antecederam Bolsonaro também participaram ou estiveram ausentes de outras posses no tribunal, de acordo com suas agendas. A lista abaixo mostra como foi nos últimos 10 anos:

Luís Roberto Barroso (2020): Bolsonaro participou de forma virtual;
Rosa Weber (2018): Michel Temer não compareceu;
Luiz Fux (2018): Michel Temer participou;
Gilmar Mendes (2016): Michel Temer participou;
Dias Toffoli (2014): Dilma Rousseff compareceu;
Marco Aurélio Mello (2013): Dilma Rousseff não compareceu;
Cármen Lúcia (2012): Dilma Rousseff compareceu.

Por outro lado, considerando o atual clima insustentável em que Barroso sai do TSE, fazendo graves ataques e acusações contra o presidente, e Fachin assume, reforçando essas acusações e até contradizendo Barroso sobre a ‘segurança’ do sistema eleitoral, qual deveria ser a atitude de Bolsonaro, ainda que tivesse espaço em sua agenda?

Vale lembrar ainda que Edson Fachin cumprirá apenas um mandato ‘tampão’, pois seu período de dois anos no TSE se encerra em agosto e ele terá que repassar a presidência para Moraes, outro desafeto do presidente da República que já prometeu comandar as eleições de forma dura, ameaçando prender e punir aqueles que ele considerar como ‘disseminadores de fake news’.

O que você, leitor, faria no lugar de Bolsonaro?


Fonte: Jornal da Cidade Online

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contato : (84) 9 9151-0643

Contato : (84) 9 9151-0643