martins em pauta

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Adversários históricos, PT e DEM dividem palanque no Pará

Quinta, 11 de Setembro de 2014

por Ricardo Della Coletta l Estadão Conteúdo

Adversários históricos no plano nacional, o PT e o DEM estão lado a lado na disputa pelo governo do Pará, Estado com 5 milhões de eleitores e onde a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizam um comício nesta noite. O principal colégio eleitoral da região Norte é o único caso em que os dois partidos se aliaram numa chapa majoritária, encabeçada por Helder Barbalho (PMDB). O DEM lançou o deputado federal Lira Maia para a vice de Barbalho e o PT tenta uma vaga no Senado com o ex-deputado Paulo Rocha. O acordo com o PMDB foi costurado pessoalmente por Lula e pelo pai do candidato peemedebista, o senador Jader Barbalho. Para o ex-presidente e principal cabo eleitoral de Dilma, a entrada na coligação era a única forma de o PT voltar ao governo do Estado depois do fracasso eleitoral do partido em 2010, quando Ana Júlia não conseguiu se reeleger. Com o argumento de que o PMDB contribuiu para a derrota da petista há quatro anos, a ala da ex-governadora defendeu uma candidatura própria ao governo paraense, mas a executiva nacional do PT assegurou a aliança com o PMDB. A ofensiva de Dilma e de Lula a Belém é uma ação para manter a liderança da petista no Estado alcançada em 2010, quando ela obteve quase 1,7 milhão de votos. O segundo colocado naquele pleito foi o tucano José Serra (cerca de 1,3 milhão de votos) e a atual candidata pelo PSB e principal oponente da presidente em reeleição, Marina Silva, conseguiu 470 mil votos. Ex-prefeito de Santarém, Lira Maia reconhece que a parceria com os petistas é uma "anomalia", mas alega que o acerto de seu partido é com o PMDB e que a realidade local se sobrepôs à nacional. "A gente considera que não é o normal e não é o comum", afirmou ao Broadcast Político. "O importante é que estamos com uma candidatura consolidada". Maia também minimizou a declaração feita por Lula em 2010, que à época disse que era preciso "extirpar o DEM" da política nacional. "Eu faço política pensando na eleição futura. O Lula perdeu três eleições porque não fez alianças. Quando ele aceitou fazer, ganhou. Não vejo dificuldades nisso". Maia alega que, mesmo na chapa liderada pelo PMDB, apoia a candidatura do senador Aécio Neves à presidência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contato : (84) 9 9151-0643

Contato : (84) 9 9151-0643