Sábado, 06 de dezembro de 2025
Gouvêa, que atuava como professor visitante na Universidade Harvard, teve seu visto J-1 cancelado em 16 de outubro, conforme comunicado divulgado pelo Departamento de Segurança dos EUA. Este tipo de visto é destinado a participantes de programas de intercâmbio cultural, como estudantes e professores.
Quando abordado pelas autoridades no momento do incidente, o brasileiro disse que estava "caçando ratos". O governo americano, no entanto, classificou o episódio como "antissemita" em seu comunicado oficial.
Em 13 de novembro, Gouvêa firmou um acordo com a justiça americana e se declarou culpado pela acusação de disparo ilegal de arma de pressão. As acusações de conduta desordeira, perturbação da paz e danos à propriedade privada foram arquivadas como parte do acordo.
O brasileiro optou por deixar voluntariamente o território americano "em vez de ser deportado", segundo informações do governo dos EUA. O comunicado não especifica o local exato da detenção nem quando ele deixará efetivamente o país.
A Universidade Harvard afastou o docente, colocando-o em licença após o ocorrido.
Carlos Portugal Gouvêa é professor de direito na Universidade de São Paulo (USP) e um dos fundadores do Instituto Sou da Paz, organização criada em 1997 com foco na redução da violência e preservação da vida no Brasil. Ele também fundou e preside o Instituto de Direito Global, dedicado à pesquisa sobre justiça social e ambiental.
Fonte: Jornal da Cidade Online

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