domingo, 21 de dezembro de 2025

Eduardo Bolsonaro responde o STF

Domingo, 21 de dezembro de 2025



O parlamentar afirma que suas manifestações tiveram caráter de crítica e não configuraram intimidação.

O recurso foi protocolado contra a decisão do STF que acolheu denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo crime de coação no curso do processo. Com isso, Eduardo tornou-se réu sob a acusação de tentar interferir no julgamento ao articular sanções internacionais contra autoridades brasileiras.

Na peça apresentada, a Defensoria Pública da União (DPU), responsável pela defesa do deputado, sustenta que as manifestações ocorreram de forma pública e dentro do debate democrático.

“O denunciado não proferiu as manifestações de forma clandestina ou reservada. Como deputado federal, manifestou-se publicamente, submetendo suas opiniões ao debate próprio da democracia e ao crivo da sociedade. A propósito, a publicidade das manifestações afasta a configuração de grave ameaça, que pressupõe caráter intimidatório dirigido à vítima específica”, afirmou a DPU.

A defesa também argumenta que críticas a decisões judiciais fazem parte do ambiente democrático e não podem ser confundidas com coação.

“Críticas a decisões judiciais e a autoridades públicas integram o debate democrático. A Constituição não exclui o Poder Judiciário do debate público. Magistrados, como todas as autoridades públicas, estão sujeitos a críticas no debate democrático”, acrescentou o órgão.

Eduardo Bolsonaro apresentou embargos de declaração, alegando omissão do STF na decisão que recebeu a denúncia da PGR. A acusação aponta que o parlamentar teria atuado para pressionar autoridades brasileiras por meio de sanções internacionais.

Fonte: Jornal da Cidade Online

Nenhum comentário:

Postar um comentário