Terça, 07 de outubro de 2025
A decisão marca o fim de quase 14 anos de atuação no mercado e foi motivada por dificuldades enfrentadas desde a pandemia da Covid-19. Apesar de impactos recentes do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, o encerramento, segundo a direção, não tem relação direta com as medidas adotadas pelo governo Trump.
Com capital de origem chinesa, as duas fábricas produziam principalmente botas femininas de inverno para o mercado interno, sendo cerca de 80% destinadas ao estado de São Paulo. No entanto, a queda nas temperaturas mais amenas registradas nos invernos de 2022, 2023 e 2024 agravou a situação do setor, reduzindo a demanda e pressionando os custos de produção.
Antes da crise, as indústrias chegavam a fabricar 7,5 mil pares de calçados por dia, com um quadro de 320 funcionários. No último período de operação, a produção havia despencado para 2,5 mil pares diários — uma redução de aproximadamente 66%.
Mesmo com o encerramento da produção em Chapada, o centro de distribuição das marcas em Campo Bom, na Região Metropolitana de Porto Alegre, continuará em funcionamento.
“Vamos continuar produzindo até 10 de outubro. Todos os funcionários vão sair com seus direitos; a empresa sempre foi muito correta, não teve uma mão cheia de ações trabalhistas em seus quase 14 anos de atuação”, afirmou o gerente Volmar Stürmer, destacando o compromisso da empresa com a legalidade trabalhista.
A prefeitura de Chapada deve avaliar o futuro uso do espaço devolvido, enquanto busca atrair novos investimentos para reduzir o impacto econômico e social da saída das fábricas. O fechamento representa uma perda significativa para o município, que tinha nas indústrias de calçados uma das principais fontes de emprego e renda.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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