Quarta, 08 de outubro de 2025
Entre os temas de interesse da esquerda está a chamada PEC 6×1, que busca proibir o regime de trabalho com seis dias de expediente e apenas um de folga. Apesar de ser considerada uma bandeira simbólica para o campo progressista, a proposta enfrenta forte resistência de setores produtivos e empresariais, o que torna sua aprovação improvável no curto prazo.
Diante desse impasse, lideranças aliadas ao Planalto têm sugerido a priorização de projetos alternativos que tratem de direitos trabalhistas, mas com menor potencial de enfrentamento no Congresso. Um dos principais é o projeto de lei que amplia a licença-paternidade de cinco para 15 dias.
O texto, relatado pelo deputado Pedro Campos (PSB-PE), já teve o regime de urgência aprovado por solicitação do líder do governo, José Guimarães (PT-CE). Com isso, poderá ser levado diretamente ao plenário, sem necessidade de tramitação pelas comissões temáticas.
Já a PEC do fim da escala 6×1, de autoria da deputada Érika Hilton (PSOL-SP), segue em análise na Comissão de Trabalho da Câmara, sob relatoria de uma subcomissão. Nos bastidores, parlamentares admitem que o governo deve evitar investir capital político elevado nessa proposta, concentrando esforços em medidas com maior apelo social e viabilidade legislativa — como a ampliação da licença-paternidade e a revisão de benefícios trabalhistas menores.
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