Terça, 19 de agosto de 2025
Na gravação, Eduardo afirma tratar-se de um “último recado” às autoridades brasileiras diante da possibilidade de novas sanções impostas por Washington.
Segundo o parlamentar, a correspondência demonstra a preocupação de Trump com a situação jurídica e política do aliado brasileiro.
“...‘The Honorable Jair Messias Bolsonaro, 38th President of the Federal Republic of Brazil’… foi o presidente Trump para o Jair Bolsonaro, tecendo elogios, falando na preocupação dele com a prisão, a perseguição que ele tá sofrendo. Nesse tempo que ele ainda não estava em prisão domiciliar”, disse Eduardo, exibindo a carta recebida na Casa Branca durante encontro com assessores próximos ao republicano.
Na sequência, o deputado ressaltou a influência de Trump em negociações internacionais, mencionando vitórias do presidente em disputas com líderes do Canadá e do México, além de sua atuação em pautas de defesa junto à União Europeia. Eduardo ainda destacou encontros de Trump com figuras como Vladimir Putin, Kim Jong-un e ações militares contra o aiatolá Ali Khamenei.
“Vocês acham mesmo que são vocês que vão conseguir parar e enrolar esse cara daqui?”, questionou.
Eduardo também fez críticas à atuação do Itamaraty e disse que o governo brasileiro não possui acesso direto à Casa Branca.
“Eu estou dando mais um aviso, um conselho a vocês, de alguém que consegue se encontrar com as autoridades daqui e conhece o clima de dentro, da fonte”, afirmou.
Em tom de advertência, o deputado citou o episódio em que a embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti teria sido recebida com frieza ao tentar aproximação diplomática em Washington.
“O Itamaraty, quando tentou ir no State Department, não foi na Casa Branca, a embaixadora recebeu uma porta na cara. Voltou correndo das férias e recebeu uma porta na cara. E a famosa frase, né? ‘Too late’. Tarde demais”, relatou.
Ao encerrar sua mensagem, Eduardo Bolsonaro reforçou que as autoridades brasileiras devem agir de imediato para evitar agravamento da crise:
“Vocês que estão com o poder da caneta no Brasil, ajam antes que seja tarde demais. Não dêem trela para narrativa. Porque depois, se esse cara aqui resolver de fato usar as armas que ele tem, que ele nem começou a usar, aí que não haverá mais volta”, concluiu.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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