Quarta, 20 de agosto de 2025
Segundo a Prefeitura de Macapá, o prefeito e duas servidoras teriam sido alvo de agressões verbais durante a atividade oficial. Já os jornalistas contestam essa versão e afirmam terem sido vítimas de abuso de autoridade. A confusão teve início após Castro questionar Furlan sobre o andamento das obras no hospital, localizado na zona norte da capital.
Além de Iran Froes, o repórter Marshal dos Anjos também acompanhava Castro. Após o tumulto, os três foram encaminhados à Delegacia da Mulher, onde servidoras municipais alegaram terem sido agredidas.
A prefeitura divulgou uma nota de repúdio, acusando o grupo de interromper a agenda oficial, ofender o prefeito e tentar agredi-lo fisicamente.
“A instituição reitera que não tolera nenhum tipo de violência, intimidação ou desrespeito que dificultem o trabalho realizado diariamente em prol da população”, diz o comunicado.
Em contraponto, o advogado Maurício Pereira, que representa Heverson Castro, declarou que os vídeos comprovam a inocência da equipe.
“As filmagens da hora mostram que não houve essa agressão. Pelo contrário, os agredidos foram jornalistas e seus companheiros, que inclusive foram arbitrariamente algemados e colocados em um camburão”, afirmou.
O episódio também motivou reações de entidades de classe. A presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Katia Brembatti, criticou a postura do prefeito e defendeu os profissionais de imprensa.
“Uma autoridade, um político eleito que representa a sociedade precisa ter uma postura adequada ao cargo. É inadmissível qualquer reação que envolva violência. A Abraji repudia a atitude do prefeito de Macapá e se solidariza com os profissionais de imprensa envolvidos no caso”, destacou.
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