Domingo, 24 de agosto de 2025
Em 10 de julho, Jeffrey Chiquini, advogado de Martins, apresentou mandado de segurança no STF no qual questionou a atuação do ministro Alexandre de Moraes no processo, contestou o andamento acelerado, em sua visão, das investigações a respeito da trama golpista e criticou o veto do magistrado a depoimentos de testemunhas de defesa do réu. Algo legítimo.
No sorteio eletrônico do STF, a ação foi distribuída para Mendonça.
Dois dias após a ação de Chiquini, Eduardo encaminhou mensagens a seu pai que diziam que eles tinham a "oportunidade de mudar a relatoria da trama golpista", que é de Moraes.
"Mendonça pode ficar prevento das questões que irão para o plenário. Vitória gigante hoje. Precisamos que o Mendonça dê essa liminar", explicavam as mensagens.
Eduardo, então, disse a Bolsonaro que, se Mendonça admitisse o mandado de segurança, Moraes ficaria como relator dos processos na Primeira Turma do STF, e o ministro André Mendonça assumiria o posto no plenário.
Para a PF, o diálogo mostra que Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e a defesa de Martins agiram para subverter a lógica do julgamento no STF. Conclusão esdrúxula, sem sustentação, sem pé, nem cabeça.
Porém, o fato grave, o relatório destaca que a investigação não identificou indícios de que Mendonça soubesse das intenções dos investigados.
Para o deputado Marcel van Hattem, esse ponto do relatório demonstra que “a PF de Moraes e Lula” investigou o ministro do STF. Isso é gravíssimo.
Veja o vídeo:
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