Terça, 26 de agosto de 2025
O IPEA divulgou novos dados sobre a renda no Brasil. E a manchete da Folha foi: “Os 0,1% ficaram mais ricos”.
Mas vamos ao detalhe que ninguém gosta de comentar: os 10% mais ricos do Brasil, a tal “elite opressora”, ganham em média somente R$ 6.000 por mês. Traduzindo: mil dólares por mês.
O que, nos Estados Unidos, é praticamente o salário de um estudante que serve café no Starbucks enquanto termina a faculdade.
A mesma profissão, o mesmo diploma, mas um americano recém-formado gera R$ 48.000 de riqueza por mês para a sociedade. O brasileiro, gera apenas R$ 6.000 de valor.
E o governo ainda leva 48% em impostos. Sobra o quê? Indignação e manchete na Folha.
O problema no Brasil não é desigualdade, é mediocridade
A esquerda insiste que o problema é a “má distribuição de renda”. Não é.
O problema é que nosso ensino superior produz diplomas, não produtividade.
O resultado? Uma economia raquítica, onde até os 10% mais ricos parecem pobres quando comparados com qualquer classe média americana.
Eu mesmo estou entre os 0,1%, isso porque estudei fora.
Não por sorte, mas por investimento em educação de qualidade algo que os 0,1% também fizeram, e por isso são demonizados até pelo presidente da República.
Esse ódio contra os “super ricos” no Brasil cresce todo dia.
Mas vamos ser francos: rico no Brasil é classe média nos EUA.
O resto é puro populismo eleitoral.
Esse ódio coletivo não vai tirar um centavo dos que já produzem.
Vai apenas empobrecer ainda mais quem acredita no discurso.
Sim, universitário indignado que vibra quando xinga “os ricos”: a conta vai sobrar para você.
E o seu diploma, que já rende pouco, vai render ainda menos.
O Brasil tem um problema de produtividade. Só que manchete “Brasileiro é improdutivo” não dá voto. Então inventaram a narrativa do “rico malvadão”.
Stephen Kanitz. Consultor de empresas e conferencista brasileiro, mestre em Administração de Empresas da Harvard Business School e bacharel em Contabilidade pela Universidade de São Paulo.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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