Sábado, 05 de julho de 2025
Camila procurou atendimento médico um dia antes no Hospital Unimed, na Asa Sul, já com sintomas de infarto, mas foi diagnosticada com estresse e crise de ansiedade e recomendada a voltar para casa.
No dia 25 de junho, Camila passou mal e deu entrada no Hospital Unimed apresentando dores no peito e dormência nas pernas. Ela foi medicada e liberada para voltar para casa algumas horas depois.
Autópsia realizada pelo Instituto de Medicina Legal (IML), porém, constatou que Camila estava infartando havia três dias e faleceu em decorrência de tamponamento cardíaco (pressão no coração) e ruptura de aneurisma da artéria aorta.
Em nota, a Unimed CNU, empresa que gere o hospital, confirmou que, após um eletrocardiograma, classificou Camila como uma paciente de baixo risco e sem fatores de risco cardiovascular.
De acordo com a família de Camila, o eletrocardiograma da jovem constatou alterações cardíacas, mas o médico que analisou o exame acabou tratando o caso como crise de ansiedade. Os familiares questionam o fato de o profissional não ter solicitado mais exames.
A Unimed CNU disse lamentar profundamente o falecimento da jovem, expressa a solidariedade à família e rechaçou veementemente qualquer alegação de negligência no atendimento prestado no dia 25 de junho último no Pronto Atendimento do Espaço Saúde Cuidar Mais, na Asa Sul.
“A paciente, com queixa de dor torácica atípica, foi submetida a um protocolo rigoroso, incluindo acolhimento, triagem, anamnese, exame físico completo, eletrocardiograma (repetido) e radiografia de tórax, todos com resultados normais. Conforme o escore HEART da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a paciente foi classificada como baixo risco (escore 1), sem comorbidades ou fatores de risco cardiovascular. A conduta seguiu estritamente diretrizes nacionais e internacionais, com medicação administrada e orientações claras para retorno imediato em caso de piora”, disse a Unimed em nota.
A Unimed frisou, ainda, que não havia, no momento do atendimento, qualquer indício clínico ou laboratorial que justificasse internação ou apontasse gravidade.
“Acusações de negligência não se sustentam diante da aplicação de protocolos médicos reconhecidos e da ausência de sinais de risco. Em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o prontuário na íntegra está disponível exclusivamente para consulta pelos familiares de primeiro grau. A Unimed CNU coloca-se à disposição para esclarecimentos, reforçando seu compromisso inabalável com a excelência e a segurança no atendimento”.
O corpo de Camila Messias foi velado no último sábado (28/6), em clima de indignação.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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