terça-feira, 17 de junho de 2025

Netanyahu diz que não descarta assassinar o líder supremo do Irã

Terça, 17 de junho de 2025

Foto: reprodução

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sugeriu nesta segunda-feira (16) que assassinar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, “acabaria com o conflito” entre os dois inimigos históricos.

“Isso não vai escalar o conflito, vai acabar com o conflito”, disse Netanyahu em entrevista à ABC News, ao ser questionado sobre um suposto plano israelense para matar o líder supremo, vetado por Donald Trump, presidente dos EUA, por temer que isso intensificasse o confronto entre Irã e Israel.

“A ‘guerra eterna’ é o que o Irã quer, e eles estão nos levando à beira de uma guerra nuclear”, afirmou Netanyahu. “Na verdade, o que Israel está fazendo é impedir isso, pôr fim a essa agressão, e só podemos fazer isso enfrentando as forças do mal.”

O primeiro-ministro disse também que Israel vai matar os comandantes iranianos “um a um” e que a campanha militar “esta´mudando a cara do Oriente Médio”.

Novos ataques

A sede de uma TV estatal do Irã foi bombardeada por Israel mais cedo nesta segunda-feira (16). O ataque atingiu a emissora durante a transmissão ao vivo de um jornal. O governo do Irã afirmou que o ataque à emissora constituiu um crime de guerra.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que seu país havia emitido um alerta à população de Teerã para que deixassem a cidade, e as Forças Armadas israelenses publicaram um aviso de evacuação para o distrito 3 da capital iraniana, uma região com muitos ministérios e embaixadas.

Ainda não estava claro, até a última atualização desta reportagem, se o aviso se referia ao ataque à base militar, que fica do outro lado da cidade.

O mais grave confronto direto entre Irã e Israel continua a se intensificar e chegou ao quarto dia nesta segunda-feira (16), após um fim de semana marcado por centenas de mortes, ataques diurnos e de longo alcance. A escalada do conflito preocupa líderes mundiais e aumenta a tensão entre as potências do Oriente Médio.

Israel lançou a “Operação Leão Ascendente” com um ataque surpresa na sexta-feira (13), matando parte da cúpula militar iraniana e danificando instalações nucleares. O Irã respondeu com mísseis que atingiram áreas residenciais e instalações de petróleo em Israel.

Até o início desta segunda, ao menos 224 pessoas morreram no Irã e 22 em Israel — incluindo crianças —, com base em informações das autoridades dos países. Um único ataque em Teerã, no sábado (14), deixou 60 mortos, metade crianças. Ataques iranianos em Israel nesta segunda (16) deixaram oito mortos, segundo comunicado do serviço de emergência do país.

A ofensiva israelense continua e deve se intensificar. Autoridades disseram que ainda há “uma longa lista de alvos” no Irã. No entanto, há tentativas de conversas por um acordo de cessar-fogo.

G1


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