Quarta, 12 de Julho de 2023
A Universidade Federal de Pelotas estuda a criação de uma turma especial de Medicina para assentados da Reforma Agrária.
A Reitoria é favorável e anunciou que a proposta caminhará “com a maior brevidade possível”.
O modelo de ingresso da nova turma dispensaria vestibular e priorizaria a filtragem ideológica. O principal meio de avaliação é uma carta escrita pelo candidato que narre suas “vivências de luta pela terra”.
Além disso, lideranças do MST comporiam os Colegiados de Coordenação e acompanhariam as atividades do curso.
As tratativas entre UFPel, MST e Incra estão sendo duramente questionadas pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), uma das principais entidades representativas de profissionais de medicina da América Latina.
A flexibilização dos processos de seleção é um dos pontos questionados. Parece inadmissível que integrar um movimento como o MST seja determinante para a adesão a um curso superior financiado com recursos públicos.
Os chamados “cursos do MST” são possíveis graças a um programa do governo federal instituído em 2010. Segundo os termos do programa, lideranças de movimentos sociais devem compor o Colegiado de Coordenação dos cursos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário