Terça, 03 de Janeiro de 2022
Na ânsia de desvendar os supostos atos que nomina como “antidemocráticos”, o magistrado autorizou uma ‘super quebra de sigilo’, tanto telefônico, como de dados.
A autorização de Moraes dá amplos poderes aos investigadores da Polícia Federal que atuam sob seu comando e pode alcançar dimensões monumentais.
A ordem expedida mira um número limitado de pessoas – oito, ao todo. Só que, no despacho, o ministro autoriza que também sejam quebrados os sigilos de todas as pessoas que mantiveram contato com esses investigados, o que amplia indefinidamente o número de alvos.
Se um dos investigados falou com um juiz, com um jornalista, com um ministro de Estado, com um general ou até com o presidente da República, a quebra de sigilo de qualquer um desses interlocutores está automaticamente autorizada por Moraes.
Algo inusitado, jamais visto numa democracia e que dá margem a que a vida de inúmeras e incontáveis pessoas sejam totalmente vasculhadas.
A privacidade acabou.
Não existe mais.
Fonte: Jornal da Cidade Online

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