Domingo, 05 de abril da 2015

Acredito que nascemos para morrer:
- ao individualismo, que não gera fraternidade e comunhão, mas solidão;
- à auto-suficiência e arrogância, que facilmente nega nossa condição de sermos eternos aprendizes e da necessidade do outro em nossas vidas;
- ao “profissionalismo”, que nos descompromete com o ser humano, como alguém que sente, sofre, pensa e também busca um lugar ao sol;
- à injustiça, que sempre provoca sussurros e gritos de morte, e alimenta o ódio que não dá lugar ao perdão;
- ao pessimismo que não vê mais um futuro promissor na vida e interpreta esta como terminando no inverno e esquece que a vida nos surpreende ressurgindo na primavera;
- à rotina anestesiante que nos rouba o sentido da vida e transforma nossa vocação camiliana em algo a ser levado adiante como um peso!
Acredito que vivemos como ressuscitados quando:
- não pactuamos com a indiferença perante a dor e sofrimento do irmão e somos criativos em ações e gestos de sensibilidade e solidariedade;
- mesmo em meio a tantos sinais de violência e morte de nossa sociedade, apostamos firmes na vida que renasce na Páscoa e somos arautos da esperança;
- em nossos trabalhos, afazeres, estudos colocamos o “coração nas mãos” (São Camilo);
- não temos vergonha de transmitir alegria de viver e testemunhar que somos camilianos na vivência de nosso carisma;
- assumimos responsavelmente nossas próprias vidas, na fase de juventude, adulto ou idoso, com suas esperanças ou crises, realizações ou fracassos, sem culpar terceiros pelas nossas frustrações e cruzes;
- quando procuramos para além de anunciar, viver a ternura de Deus no mundo da saúde e em nossos relacionamentos com os que nos são mais próximos.
Acredito que isto é fazer acontecer a Páscoa em nossas vidas! A certeza da presença do Ressuscitado entre nós abre a porta da esperança para um futuro promissor de vida plena para todos nós.
FELIZ PASCOA
Pe .Leo Pessini
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