domingo, 21 de setembro de 2014

Parlamentares frequentavam empresa, diz sócio de Youssef

Domingo 21 de setembro de 2014 


Carlos Alberto Pereira da Costa, sócio do doleiro Alberto Youssef na empresa GFD Investimentos, declarou ao Jornal Nacional que parlamentares frenquentavam o escritório do doleiro e da empresa. A GFD é investigada pela Polícia Federal por receber milhões de reais de origem duvidosa de construtoras que tinham contratos com a Petrobras, o que foi investigado pela Operação Lava Jato. Youssef e Costa foram presos pela PF; o advogado foi solto na última segunda (15) por ter colaborado espontaneamente com as investigações. Ele não fez acordo de delação premiada, mas decidiu contar o que sabe sem ter garantia de redução de pena. Costa afirmou ao Jornal Nacional que foi apresentado a Youssef pelo ex-deputado federal José Janene (PP-PR), que morreu em 2010 e era um dos réus do mensalão do PT. "O papel do Alberto Youssef, segundo me relatou o deputado José Janene, ele era o responsável pelo caixa dois do José Janene. Eu sei que, mesmo depois do falecimento do deputado José Janene, o senhor Alberto Youssef continuou à frente na questão de cuidar do caixa. Ele fazia o caixa dois do partido, do PP, né?", disse o advogado. Costa afirmou que sete parlamentares frequentavam os escritórios de Youssef e da GFD. Segundo ele, todos eram deputados federais ligados à bancada do governo. Questionado se eram do Partido dos Trabalhadores (PT) ou de outros partidos, respondeu: "De outros partidos". Mas disse que, estando sob sigilo, preferiria não mencionar nomes. O único nome de parlamentar citado pelo advogado foi o do deputado Luis Argôlo (SD-BA) que, segundo o sócio de Youssef, frequentava a empresa do doleiro. "Ele ia, e tinha uma permanência, permanência não, uma periodicidade talvez, mensal, ia sempre na GFD”, declarou Costa.

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