terça-feira, 10 de junho de 2014

PMDB fará convenção nacional

Brasília (AE) - O PMDB deve decidir hoje (10) em convenção nacional por uma nova aliança com o PT para a disputa presidencial e a repetição do nome do vice-presidente Michel Temer na chapa de Dilma Rousseff. Segundo o presidente interino da legenda, senador Valdir Raupp (RO), no almoço da dirigentes e liderança peemedebista ocorrido ontem (9) no Palácio do Jaburu - residência oficial de Temer -, foram estabelecidas “condições” para a repetição da aliança vitoriosa de 2010. Na prática, são posições que estarão no documento a ser aprovado pela convenção.

Alex Regis


Michel Temer, vice-presidente

Do almoço participaram, além de Temer e Raupp, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), o ex-presidente José Sarney (AP), o senador Jader Barbalho (PA) e o deputado Eliseu Padilha (RS). A convenção terá início à 9h, no Auditório Petrônio Portella, no Senado. A presidente fará uma visita aos peemedebistas.

Dilma Rousseff pretende aparecer na convenção entre 16h e 17h, depois de proclamado o resultado da votação dos delegados. Temer chegará primeiro, por volta das 15h, a tempo de ver a apuração do resultado. O PMDB pretende defender a reforma política deixando claro que ela só poderá ocorrer via Congresso, sem consulta popular como querem os petistas.

O PMDB também aproveitará o documento com suas propostas de governo para defender um governo de responsabilidade fiscal a partir de 2015, com o tripé tradicional, baseado em metas de inflação, câmbio flutuante e superávit primário para que o pagamento das dívidas seja honrado. Dilma flexibilizou o tripé, que Lula havia herdado de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e manteve com rigidez. Sob o atual governo, o câmbio passou a ser “administrado” com decretação de alíquotas de IOF, dependendo da cotação, a inflação deixou de ser combatida para voltar ao centro da meta (4,5%), mas tolerada até o limite superior (6,5%), e o superávit primário caiu em volume, sendo atingido com manobras contábeis. A maioria dos economistas, inclusive conselheiros de Dilma, como Delfim Netto, é hoje crítica da chamada “nova matriz econômica”, por não ter impulsionado o PIB e, ao mesmo tempo, permitido um certo descontrole inflacionário.


Fonte: Tribuna do Norte

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