
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, pediu ao Ministério Público que tome providências contra o advogado Luiz Fernando Pacheco, defensor do ex-deputado federal José Genoino. Na semana passada, Pacheco cobrou de Barbosa que colocasse em julgamento um pedido para que Genoino volte para prisão domiciliar. Na ocasião, houve bate-boca e o presidente do STF determinou a seguranças que expulsassem o advogado do plenário do tribunal. Barbosa quer que seja providenciada a abertura de uma ação penal contra Pacheco pelos supostos crimes de desacato, calúnia, difamação e injúria. Mas um processo somente será aberto após uma eventual denúncia do Ministério Público. Ao deixar nesta segunda-feira a sua última sessão como presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Barbosa foi abordado por jornalistas. Perguntado sobre a acusação de que ele teria cerceado a defesa de Genoino, ele respondeu que “o Brasil inteiro assistiu (ao episódio no plenário do STF).” Em seguida, ele afirmou: “A minha resposta virá em breve” e “procure a Procuradoria da República do Distrito Federal”. Minutos depois, a procuradoria confirmou que Barbosa havia protocolado uma representação. Na sessão de quarta-feira da semana passada, depois de Pacheco ter dito que Barbosa deveria honrar o tribunal e colocar o recurso de Genoino em julgamento, o presidente do STF determinou aos seguranças que retirassem o advogado. Pacheco disse que era “abuso de autoridade”. O advogado alega que Genoino está com problemas de saúde e que corre risco se permanecer na cadeia onde cumpre pena por envolvimento com o esquema do mensalão. A defesa do ex-ministro José Dirceu também protocolou um pedido para que o tribunal decida até o final deste mês se ele pode trabalhar fora do presídio. (Agência Estado)
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