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segunda-feira, 15 de março de 2021

Variante britânica do coronavírus aumenta risco de morte em 61%, indica estudo

 Segunda, 15 de Março de 2021


Variante britânica do coronavírus aumenta risco de morte em 61%, indica estudo
Foto: Divulgação

Pacientes infectados pela variante britânica do novo coronavírus, a B.1.1.7, possuem risco de morte 61% maior do que os contaminados pelas outras. A conclusão é de um estudo publicado nesta segunda-feira (15), na revista científica "Nature". A variante atualmente circula no Brasil. 

 

De acordo com o G1, a margem de erro da pesquisa indica que essa taxa pode variar de 42% a 82%. O risco de homens com 85 anos ou mais morrerem 28 dias após o diagnóstico positivo para a doença aumenta de 17% para 25%. Em mulheres nesta faixa etária, o número sobe de 13% para 19%.

 

Já em homens com idades entre 70 e 84 anos, o risco cresce de 4,7% para 7,2%. Em mulheres, a taxa vai de 2,9% para 4,4%. "Nossa análise sugere que a B.1.1.7 não é apenas mais transmissível do que as variantes preexistentes do Sars-CoV-2, mas também pode causar doença mais grave" alertam os pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido.

 

Pessoas com menos de 70 anos continuam com risco menor que 1% em todas as variantes. Já entre os que possuem idade entre 1 e 34 anos, o baixo número de óbitos não permitiu uma análise robusta do impacto da variante.

 

Uma outra epsquisa, publicada na semana passada no "British Medical Journal", já sugeria o mesmo caminho. A publicação apontava risco de morte 64% maior entre infectados(as) com a B.1.1.7.

 

Os cientistas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido utilizaram 2,2 milhões de resultados positivos de testes para a Covid-19 realizados na Inglaterra. O período abrangente é de 1º de setembro de 2020 e 14 de fevereiro de 2021. As 17.452 mortes pela doença no país durante este período também foram analisadas.

 

Para identificar quem estava com a variante, os pesquisadores usaram as diferenças vistas nos resultados de testes do tipo PCR. Metade dos diagnósticos identificou a PCR< porque as mutações que ela contém impedem que esse teste detecte um dos genes do coronavírus.

 

Os autores também observaram que algumas outras linhagens do vírus também podiam causar falha de detecção nos testes PCR. Depois de fazerem ajustes para corrigir erros de classificação de outras variantes potenciais, chegaram à estimativa de risco 61% maior de morte associado à B.1.1.7.

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