Sexta, 19 de Fevereiro de 2021
O jornalista e comentarista Augusto Nunes fez uma brilhante análise sobre a rapidez que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm de agir, quando são, supostamente, insultados.
“É claro que o deputado federal Daniel Silveira poderia ter feito em outros termos as mesmas acusações que fez ao Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, por ter ultrapassado os limites da civilidade a Comissão de Ética da Câmara poderia julgá-lo por quebra de decoro”, afirma.
Em vez de recorrer a esses caminhos, o ministro Alexandre de Moraes optou pela “trilha à beira do penhasco”. Amparado no inquérito ilegal dos atos antidemocráticos, decretou a prisão em flagrante do parlamentar fluminense e, assim, preciptou uma crise institucional; envolvendo Legislativo e Judiciário.
“Confusos e contraditórios, os trechos da Constituição que tratam da prisão de deputados e senadores permitem diferentes interpretações. Mas, os brasileiros decentes costumam ver as coisas como as coisas são. Aos olhos da sensatez, é impossível compreender por que o Supremo age com tanta pressa e indignação, quando se sente insultado; enquanto contempla com indulgência casos bem mais graves”, criticou.
“Por exemplo, o da deputada acusada de mandar matar o marido ou do deputado capturado com dinheiro na cueca ou mesmo os casos de tantos bandidos com imunidade parlamentar que o STF não julga por falta de tempo ou excesso de provas”, finalizou.
Confira o vídeo:
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