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quarta-feira, 20 de maio de 2020

Após horas de busca, família encontra corpo de menino baleado em ação policial no RJ no IML

Quarta, 20 de Maio de 2020

Foto: Reprodução / O Globo

Um adolescente de 14 anos foi baleado durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, no município fluminense de São Gonçalo, na tarde dessa segunda-feira (18). Ferido, o menino foi retirado do local por um helicóptero da Polícia Cívil, mas o destino não foi comunicado à família, que passou horas em busca do garoto. Apenas na manhã desta terça (19), os familiares encontraram o corpo de João Pedro Mattos Pinto no Instituto Médico Legal (IML) da cidade, na Região Metropolitana do Rio.

As informações são do jornal O Globo, que conta que as polícias Federal e Civil cumpriam mandados de busca e apreensão contra lideranças de uma facção criminosa quando o tiroteio aconteceu. Em depoimento prestado, agentes envolvidos na operação e familiares do menino disseram que os criminosos pularam o muro da residência em meio à troca de tiros, depois fugiram pulando para outra casa e arremessando granadas na direção dos policiais. Só na sequência, perceberam que João Pedro estava ferido.

Fontes da Polícia Civil relataram ao jornal que os agentes disseram ter levado o menino de São Gonçalo para a capital para que paramédicos do Serviço Aeropolicial da corporação (Saer) pudessem socorrê-los. Mas o jovem chegou morto ao local, então o corpo foi levado de volta para São Gonçalo, deixado no IML.

Parentes do menino afirmaram que ele estava dentro de casa, na ilha de Itaoca, jogando sinuca com primos e colegas, nas proximidades da piscina, quando policiais invadiram a casa atirando atrás de bandidos. Um tio de João Pedro conta que carregou o menino baleado e foi até os agentes pedir ajuda. Neste momento, eles teriam colocado o adolescente no helicóptero e seguido viagem.

"Desde então não tivemos mais notícias dele", relatou um parente. "Ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Talvez por ser uma casa boa, com piscina tenham imaginado coisa errada. A família é religiosa, evangélica. Do bem. E muito conhecida na região", acrescentou outro. Do momento que foi baleado até a localização do corpo, a família realizou diversas buscas em hospitais.

De acordo com a publicação, três agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) já prestaram depoimentos e tiveram seus fuzis recolhidos. A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) disse que os policiais federais não tiveram suas armas apreendidas porque não estavam no perímetro de confronto onde o menino foi baleado. Em nota, a PF confirmou a participação na operação , disse que médicos do Corpo de Bombeiros prestaram atendimento ao garoto, que não resistiu aos ferimentos, e disse ainda que "acompanhará e prestará todas as informações e apoio necessário à elucidação dos fatos". Dois parentes de João Pedro também deporam e confirmaram as informações dos policiais.

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Contato : (84) 9 9151-0643

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