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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Presidentes do Chile e da Bolívia afirmam que não vão renunciar

Quinta, 07 de Novembro de 2019 

Foto: Reprodução / Agorarn

Os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, e da Bolívia, Evo Morales, vêm sendo pressionados a renunciar e têm enfrentado manifestações contrárias a seus governos. Apesar de enfrentarem protestos por diferentes razões, ambos coincidem em que não pretendem renunciar a seus cargos.

No Chile, os protestos começaram no dia 17 de outubro, após o governo de Piñera ter aumentado o preço das passagens do metrô. Mesmo após o presidente ter voltado atrás e cancelado o aumento, as manifestações não cessaram. Piñera ainda anunciou pacotes de medidas para conter a insatisfação dos chilenos, mas o anúncio não acalmou os protestos.

O Chile foi palco das manifestações mais violentas e numerosas dos últimos trinta anos.

“Seguramente chegarei ao fim do meu governo. Fui eleito democraticamente por uma grande maioria de chilenos”, disse Piñera ontem (5), segundo a Agência Brasil.

No entanto, após mais de 20 dias de protestos, o presidente chileno admitiu, pela primeira vez, a hipótese de reformar a Constituição, elaborada durante a ditadura de Pinochet. "Estamos dispostos a discutir tudo, incluindo uma reforma da Constituição", disse Piñera.

Entre as medidas para conter as manifestações, o presidente chileno anunciou um pacote de ajuda para 6.800 pequenas e microempresas afetadas pela crise social, além de um aumento de 20% nas aposentadorias básicas, um aumento do salário mínimo para US$ 482, um imposto para os ricos - aqueles que têm renda superior a onze mil dólares por mês, e uma redução nas contas de eletricidade. Piñera também trocou oito de seus 24 ministros.

Caso Piñera renunciasse hoje, a constituição chilena determina que ele seria substituído pelo ministro do Interior, que convocaria novas eleições. O vencedor terminaria o mandato atual. Isso porque Piñera ainda não cumpriu dois anos de mandato (ele cumpre em março do ano que vem). Se a renúncia acontecer após o cumprimento de dois anos de mandato, o Congresso é o responsável por decidir o nome do substituto.

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