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sexta-feira, 24 de maio de 2019

CASO ZAIRA: TESTEMUNHAS COMEÇAM A SER OUVIDAS PELA JUSTIÇA

Sexta, 24 de Maio de 2019

Fase de instrução do processo sobre a morte da estudante universitária Zaira Cruz, morta no carnaval de Caicó, começa oficialmente dia 28 no fórum da cidade


Testemunhas começam a prestar depoimentos à justiça sobre morte da universitária Zaira Cruz. Foto: Redes Sociais/Montagem

Começaram a ser ouvidas pela Justiça as testemunhas sobre o caso do assassinato da estudante universitária Zaira Dantas Silveira Cruz, 22 anos, morta no dia 2 de março deste ano, sábado de carnaval em Caicó, a 282 quilômetros de Natal. De acordo com a advogada assistente de acusação, Kalina Medeiros, dez testemunhas foram ouvidas no fórum de Currais Novos, também na Região Seridó, na terça-feira (21).

A advogada explicou que a fase de instrução começa oficialmente no dia 28 de maio, mas devido à quantidade de testemunhas requisitadas em outras localidades diferentes de onde ocorreu o crime, alguns depoimentos serão colhidos pelos juízes dessas cidades e enviados para o Fórum de Caicó, onde a ação tramita.
Além das testemunhas de acusação e defesa, será ouvido o sargento da Polícia Militar de Currais Novos Pedro Inácio Araújo de Maria, 36 anos, acusado de estuprar e matar estrangulada Zaira Cruz. O acusado está preso desde o dia 15 de março, no Quartel da PM, em Natal.
De acordo a denúncia, a 2ª Promotoria de Justiça de Caicó requer que Pedro Inácio seja denunciado pela prática do estupro consumado e homicídio quadruplamente qualificado, para submetê-lo a julgamento pelo Tribunal do Júri Popular da comarca da cidade. Foram arroladas como testemunhas cerca de 30 pessoas no total. A defesa do sargento Pedro Inácio afirmou que não irá se pronunciar neste momento para não prejudicar o andamento do processo.
De acordo com o inquérito policial do caso, na madrugada do dia 2 março, Pedro Inácio constrangeu, agrediu e estuprou Zaira Cruz dentro de um Kia Cerato de propriedade dele. Em seguida, ele asfixiou a vítima por esganadura com o objetivo de ocultar o crime sexual, uma vez que, caso não tivesse sido assassinada, a universitária poderia comunicar o estupro às autoridades policiais.

Segundo a denúncia, o PM, “utilizando-se de violência física extrema, mediante chutes, agressões e imobilização da vítima, especialmente pelos braços e pescoço, estuprou Zaira Cruz”. A advogada Kalina Medeiros afirmou que a acusação não tem dúvidas de que o acusado matou a universitária através de meio cruel, tentou ocultar o crime, tornou impossível a defesa da vítima e a assassinou por sua condição feminina.


Corpo de Zaira Cruz foi encontrado no carro do PM Pedro Inácio na manhã de sábado de carnaval em Caicó. Foto: Vilsemar Alves/TV Ponta Negra

OP9 / Passando na Hora

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