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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Fachin autoriza depoimento de Janot e sócios de escritórios em rescisão de delação

Quinta, 06 de Setembro de 2018


O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, autorizou que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, ex-integrantes da equipe da Lava Jato e integrantes do Trench, Rossi & Watanabe/Baker Mackenzie sejam ouvidos no processo que trata da rescisão da colaboração de executivos do grupo J&F.

Os depoimentos serão realizados em outubro. O ministro atendeu pedido feito pelos colaboradores para produção de provas no processo. Fachin afirmou que a rescisão será discutida pelo plenário da Corte.

A Procuradoria Geral da República pediu a rescisão das delações premiadas de Joesley Batista, Wesley Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis.

A estratégia da defesa dos colaboradores mira a contratação do ex-procurador Marcelo Muller, que é réu sob acusação de que fez jogo duplo nas tratativas para a colaboração da JBS. Em denúncia recebida pela Justiça Federal do DF por corrupção, a Procuradoria da República no DF afirma que o ex-procurador Marcelo Miller aceitou promessa de R$ 700 mil em vantagem indevida por suposto jogo duplo na delação do grupo J&F. Além de Miller, são alvos do MP: a advogada Esther Flesch, o empresário Joesley Batista e o ex-diretor jurídico da JBS Francisco de Assis e Silva.

Considerada uma das mais fortes delações fechadas pela Lava Jato porque atingia o presidente Michel Temer, a colaboração da JBS passou por uma reviravolta depois que gravações indicaram que Miller teria orientado Joesley e seu grupo para as tratativas com a Procuradoria Geral da República sobre o acordo de colaboração.

O empresário diz que pretendia usar Marcelo Miller como um intermediário para chegar ao procurador-geral da República. Miller , que atuou na Lava Jato, pediu exoneração do cargo no dia 23 de fevereiro, mas a saída só teve efeito no dia 5 de abril. Após sair da PGR, ele foi trabalhar como advogado no escritório Trench, Rossi e Watanabe, o mesmo que representava o grupo J&F na negociação do acordo de leniência, chegou a participar de articulações iniciais.

A PGR rescindiu a delação de Joesley, Ricardo, Franscisco e Wesley Batista por considerar que eles quebraram cláusulas do acordo. A questão ainda precisa ser homologada pelo STF.

Jota Info / Blog do BG

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