martins em pauta

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Ex-porta-voz do PT diz que insistência na candidatura de Lula pode prejudicar o partido

Sexta, 29 de Junho de 2018


Há quase três meses na prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém suas intenções de voto no patamar de 30% nas pesquisas eleitorais para a sucessão presidencial. A resiliência dos números do petista, segundo o cientista político André Singer, é fruto da lealdade de eleitores que superaram a miséria no período entre 2003 e 2010 graças a políticas públicas, como o Bolsa Família, criadas pela gestão petista.

De acordo com Singer, esse grupo de eleitores – pobres, conservadores e até então avessos a candidatos de esquerda – se converteu à Lula em 2006 depois de ver implementado um programa de governo que, de forma não revolucionária, reduziu a pobreza sem alterar o status quo da sociedade brasileira, o chamado lulismo.

Doze anos mais tarde, esse eleitorado se mantém fiel, embora nesse meio tempo, o lulismo tenha ido do auge – com a reeleição de Lula e a chegada de Dilma Rousseff ao Planalto – à crise, com as jornadas de junho de 2013, o impeachment da petista, em 2016, e a prisão de Lula em 2018.

Ex-porta-voz do governo Lula e uma das principais vozes intelectuais dentro do PT, Singer se debruça sobre as razões do declínio do lulismo em seu recém-lançado O Lulismo em Crise (Companhia das Letras). Para ele, os movimentos de Dilma para tentar acelerar as transformações sociais trazidas pelo lulismo – por meio de forte intervenção na economia e política econômica desenvolvimentista -, sua aversão a antigos aliados partidários e seu estilo pessoal de gestão a levaram à queda.

Fonte: BBC Brasil / Blog do BG

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contato : (84) 9 9151-0643

Contato : (84) 9 9151-0643