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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Com perspectiva de boas chuvas, governo começa obras no canal do Piató, na região Oeste potiguar

Quarta, 24 de Janeiro de 2018


Mesmo em meio à seca que atinge o Rio Grande do Norte há mais de seis anos, a Secretaria de Recursos Hídricos começou nesta segunda-feira (22) as obras de desassoreamento do canal do Piató, em Assu, região Oeste potiguar. Em período de cheia, o canal leva água para a lagoa do Piató, que é o maior lago natural do estado, com capacidade de armazenamento de 96 milhões de metros cúbicos de água.

O complexo abastece pelo menos cinco comunidades rurais de Assu, onde muitas pessoas viviam da pesca – realidade que mudou durante o período de seca. As obras foram reivindicadas desde que o canal foi aterrado pelas chuvas entre 2008 e 2009. Desde então, o rio ficou seco, mas precisa estar aberto para quando as águas voltarem, abastecerem a região.

“Com a sangria da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, o canal ficou aterrado e consequentemente não entrou mais água no local para que alimentasse a lagoa, que passou a ser abastecida apenas por água de chuva” explica Ivan Júnior, secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Sendo a maior lagoa natural do estado, a Piató pode servir como mais um reservatório de água, ele ressalta, mas isso vai depender da chegada das chuvas. Segundo o secretário, a perspectiva é que isso possa acontecer este ano, ou até o próximo.

Ainda de acordo com Ivan Júnior, os serviços custam pouco mais de R$ 2,5 milhões e têm previsão para acabar em 4 meses. A estimativa é de que pelo menos 170 mil metros cúbicos de areia sejam retirados de dentro do canal. O serviço não garante água na lagoa, mas é um reforço para a chegada da chuva.

“O objetivo principal dessa obra, depois da desobstrução, é que qualquer volume que o Rio Piranha Assú acumule, seja capaz de direcionar a água ao Rio Piató” diz Carlos Alberto da Silva, topógrafo.

De acordo com o professor Aldo Cardoso de Lima, coordenador do grupo ambientalista Lagoa Viva, um ofício foi enviado em 2016, ao governo do estado, solicitando a desobstrução do canal e uma obra de engenharia definitiva para o local. De acordo com ele, o anel do Piató é formado por cinco comunidades, que abragem 570 famílias. São elas: Areia Branca Piato, Olho D’agua, Bangüê, Porto Piato e Bela Vista Piato.

VIA G1/RN

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