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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Defesa de Henrique usa vídeos para tentar anular delação de Fred Queiroz

Sexta, 20 de Outubro de 2017

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Uma série de vídeos postados nas redes sociais pela mulher de um colaborador da Justiça está sendo usada como argumento para um pedido de anulação de uma delação premiada. As gravações foram feitas por Érika Nesi, mulher do empresário Fred Queiroz, ex-assessor do peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), que contou aos investigadores da Operação Lava Jato ter buscado malas de dinheiro para o ex-ministro.

Ao se defender de críticas que o casal estava sofrendo por ter “traído” Henrique Alves, Érika Nesi relatou que o marido foi pressionado a fazer uma delação para que ela e a filha não fossem presas. “Junta aí sua família, tá todo mundo preso, prende todo mundo, aí você chega lá na frente do juiz, aí o juiz… aí vamos assim… aí vocês sabem: ‘se você não vai contar a verdade, a sua família vai ficar presa, o que que você vai fazer?’”, afirma Érika em um dos trechos, em referência aos investigadores. Em outro, ela diz: “Porque falar é muito bom, mas você quando diz: ‘Ah, se não falar isso, a sua filha, seu filho e sua mulher vai (sic) ficar presa’, eu quero ver o que você vai dizer”. Confira os trechos dos vídeos abaixo:

Com base nessas declarações, a defesa de Henrique Alves protocolou um pedido de anulação do acordo de delação de Fred Queiroz junto à 14ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, onde corre o caso. Argumenta que um dos requisitos para a colaboração, o fato de ser espontânea e voluntária, não estava presente. “Os vídeos de Érika Nesi fazem prova absoluta de que a delação de Fred Queiroz foi obtida mediante coação psicológica, já que esta afirma com todas as letras que sua família não tinha outra opção, senão a delação. O mais incrível em tudo isso, no entanto, é que a pressão utilizada contra a família de Érika e Fred era absolutamente injusta, já que nenhum deles praticou crime algum”, diz a petição do advogado Marcelo Leal.

As acusações contra Henrique, porém, ainda se sustentam em diversas outras provas e delações, como uma conta bancária aberta na Suíça da qual ele era o beneficiário final e relatos do corretor de valores Lúcio Funaro de que levou dinheiro para o peemedebista. A defesa nega as acusações.

Procurada para comentar, a Procuradoria da República do Rio Grande do Norte declarou que “o interesse na colaboração partiu do investigado, sendo que todos os procedimentos foram devidamente acompanhados pelo seu advogado. Além do mais, claramente os vídeos refletem divergências pessoais entre os envolvidos”.

ÉPOCA / Blog do BG

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