Terça, 29 de Agosto de 2017
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) será investigado por supostamente ter participado de um esquema de corrupção que agia no fundo de pensão dos funcionários dos Correios. O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu o pedido de abertura de inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro deu 60 dias para que a Polícia Federal investigue o caso. "O ministro Teori [Zavascki, ex-relator da Lava Jato no STF] devolveu uma denúncia contra mim considerando-a inepta, e outra já foi arquivada. Essa também será porque nunca tive lobista ou operador. Nunca autorizei que falassem em meu nome em nenhum lugar, muito menos na Postalis [fundo de pensão dos funcionários do Correio]", ressaltou Renan por meio de sua assessoria. Calheiros é acusado de ter ligação com um esquema de corrupção que comprava papéis de empresas de fachada que seriam administradas por um operador político de senadores do PMDB, Milton Lyra. De acordo com a PGR, o home é "muito ligado ao senador Renan Calheiros". O ex-presidente do Senado responde a 17 inquéritos no Supremo, sendo 13 na Lava Jato. Investigações preliminares apontam que Milton Lyra e um sócio captaram R$ 570 milhões do Postalis em investimentos que "nunca saíram do papel", segundo o Ministério Público.
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