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quarta-feira, 8 de março de 2017

Departamento de propina da Odebrecht movimentou mais de US$ 3 bi, diz delator

Quarta, 08 de Março de 2017 

Foto: Divulgação

Em depoimento ao ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-funcionário da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas, disse nesta segunda-feira (6) que o departamento de propina da empresa movimentou cerca de US$ 3,39 bilhões em pagamentos ilícitos entre 2006e 2014. Deste valor, cerca de 15% a 20% - ou seja, algo entre US$ 500 milhões a US$ 680 milhões – foram usados para bancar campanhas eleitorais no Brasil por meio de caixa dois. O resto do montante era utilizado para pagar propina, obras e serviços fora do país. Segundo a Folha de S. Paulo, Mascarenhas era funcionário do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, apontado pelos investigadores da Operação Lava Jato como "departamento da propina" da empreiteira. Ele é um dos 78 delatores da empreiteira na operação e prestou depoimento na ação que corre no TSE e pode cassar o mandato do presidente Michel Temer. No depoimento, Mascarenhas disse que a empreiteira corrompeu agentes públicos, na Angola e na América Latina. Ele detalhou os pagamentos feitos aos marqueteiros do PT Duda Mendonça e João Santana. Ainda durante a fala, ele relatou que o valor da propina paga pela empresa foi crescendo ao longo da segunda metade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e só reduziu em 2014, depois que a Lava Jato foi deflagrada. Segundo ele, passaram pelo departamento US$ 60 milhões em 2006; US$ 80 milhões em 2007; 120 milhões em 2008; US$ 260 milhões em 2009; US$ 420 milhões em 2010; 520 milhões em 2011; US$ 730 milhões em 2012; US$ 750 milhões em 2013; e US$ 450 milhões em 2014.

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