Quarta 24 de Janeiro de 2017
Foto: Reprodução / Facebook
Após a gestão João Dória apagar o painel da Avenida 23 de Maio, na capital paulista, substituindo-os por tinta cinza, a prefeitura estuda realizar um Festival do Grafite com artistas selecionados e materiais fornecidos pela administração municipal. “Ficou muito cinza e há uma vontade de fazer”, afirma o secretário de Cultura de São Paulo, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, André Sturm. O local agregava mais de 70 murais desde 2015 e funcionava como um museu a céu aberto. A limpeza dos muros, sob alegação de que os grafites estavam deteriorados, é uma ação do programa Cidade Linda, lançado pelo tucano. Segundo Sturm, foram pintados de cinza os grafites que estavam pichados por cima do desenho, com cores esmaecidas e danificados pela poluição. Ele nega que tenha sido usado o critério de que uma “uma imagem era artisticamente menor do que a outra”. “A arte urbana tem como pressuposto ser efêmera, em qualquer lugar do mundo. A pessoa, quando faz grafite, sabe que aquilo pode apagar, pode ser manchado. Aquilo não vai ficar lá para sempre. Grafites não têm essa natureza”, argumenta. Para Sturm, a realização do festival de grafite é uma possibilidade diante do “ruído” causado pela retirado dos painéis da avenida.
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