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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Operador em esquema liderado por Cabral confirma 'taxa de oxigênio'

Sexta, 02 de Dezembro de 2016

Foto: Agência Brasil

Preso no último dia 17 pela Operação Calicute, Wagner Jordão Garcia, apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como operador de propina na Secretaria Estadual de Obras do Rio, confirmou à Polícia Federal que havia a cobrança da “taxa de oxigênio” às empreiteiras. O termo foi identificado durante as investigações, e faria menção ao percentual de 1% s obre os contratos firmados com empreiteiras na pasta. Além dessa margem, havia a incidência de 5%, destinados ao então governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que segundo a PF, liderava o esquema. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a informação foi confirmada por Garcia em depoimento prestado na última terça-feira (29). Ele afirmou que "as pessoas da secretaria e empresários relatavam sobre a taxa de O²" e que foi repreendido pelo ex-secretário, Hudson Braga, também preso na operação, por imprimir e-mail que recebeu de Alex Sardinha, representante da construtora Oriente – a mensagem fazia referência ao pagamento da taxa. De acordo com Garcia, o ex-secretário "ficou chateado pelo fato [de a taxa] ter sido documentada". Ele sustenta também que após as discussões em torno do registro da existência de propina resultaram em sua saída do cargo de assessor na pasta, em 2012. Questionado diretamente sobre ter recebido propinas a serem repassadas a Braga, Garcia diz que "recebeu alguns envelopes" de executivos de empreiteiras para entregar ao ex-secretário. As correspondências eram chamadas de "projeto" e eram entregues sempre fora da secretaria, seja em bares, restaurantes, cafés ou estacionamento, todos próximos à sede da pasta. Segundo o MPF, no momento da prisão, Garcia tentou fugir com R$ 22 mil em uma maleta.

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