Taxa de desemprego chega a 11,6% e bate recorde no trimestre encerrado em julho

Quarta, 31 de Agosto de 2016 

Foto: Reprodução / Informe dos Vales

A taxa de desemprego no Brasil alcançou seu maior nível no trimestre encerrado em julho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 11,6%. O índice é maior da série, iniciada em 2012. No trimestre encerrado em abril de 2016, usado como base de comparação, o desemprego estava em 11,2%. De acordo com O Globo, o número de desempregados também é o maior da série do IBGE e subiu para 11,8 milhões de pessoas, alta de 3,8% em relação ao trimestre anterior, quando o número de desempregados era 11,4 milhões. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 37,4%, com aumento de 3,2 milhões de pessoas. O coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azevedo, explicou que o aumento dos desempregados é motivado pela dificuldade do mercando informal em absorver trabalhadores com carteira assinada que têm perdido o emprego. "Logo no início do processo recessivo, tínhamos um quadro de estabilidade na população ocupada porque a informalidade dava conta de absorver essas pessoas. Mas a informalidade já não absorve essa migração e você vê redução da população ocupada. Consequentemente, você tem destruição de postos de trabalho", explicou. A população ocupada, por outro lado, é de 90,5 milhões de pessoas, o que se mantém estável em relação ao trimestre anterior - houve decréscimo de 146 mil pessoas, o que não é considerado estisticamente relevante para o IBGE. A taxa indica a volta ao mesmo nível do primeiro trimestre de 2013. O número de empregados com carteira assinada ficou em 34,3 milhões, sem variação estatisticamente significativa. No entanto, em relação ao trimestre de maio a julho de 2015, houve queda de 3,9%, correspondente à perda de 1,4 milhão de pessoas com carteira assinada. De acordo com O Globo, esse é o menor número de profissionais com carteira assinada desde o segundo trimestre de 2012, quando o grupo tinha 34,28 milhões de trabalhadores na formalidade. O pico nesse gurpo foi registrado em junho de 2014, com 36,38 milhões de pessoas.