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terça-feira, 21 de junho de 2016

Pedro Parente diz que levará Petrobras a ser grande novamente

Terça, 21 de junho de 2016


Pedro Parente, presidente da Petrobras – ADRIANO MACHADO / REUTERS

Em sua primeira entrevista a um jornal estrangeiro como presidente da Petrobras, Pedro Parente afirmou na última sexta-feira que vai levar a estatal de novo à grandeza, com a venda de ativos que não interessam mais à empresa. O caminho para restaurar a imagem da Petrobras é uma empresa mais enxuta e rentável, livre de interferências políticas.

Esta será uma empresa séria (…) com a melhor gestão que podemos ter neste país”, afirmou ao “WSJ”. “Não temos sonhos pequenos para esta empresa. Eu não teria vindo para cá se não fosse para trabalhar para recuperar a grandeza desta empresa a sua grandeza.”

Segundo o jornal, Parente destacou que sua estratégia é parecida com a de seu antecessor, Aldemir Bendine: vender ativos não essenciais e cortar custos para reduzir a dívida de US$ 126 bilhões da estatal.

Ele disse ao jornal que a Petrobras recebeu três ofertas de compra de uma fatia da BR Distribuidora, mas não deu detalhes. A estatal também está em negociações exclusivas com a Brookfield Asset Management para a venda de sua unidade de gasoduto de gás natural Nova Transportadora do Sudeste.

Sobre a força de trabalho da Petrobras, Parente não descartou ao “WSJ” novas demissões, mas não deu mais detalhes. A estatal já dispensou vários terceirizados e deu início a mais um programa de demissão voluntária.

O presidente da Petrobras também disse mais uma vez que defende mudanças na lei do pré-sal, para que a a empresa não tenha a obrigação de ser operadora e de deter uma fatia de ao menos 30% dos projetos: “Dadas as nossas restrições financeiras, temos de ser muito seletivo na escolha dos campos em que vamos investir”.

O “WSJ” destaca que apesar de não ser um homem do setor de petróleo, Parente esteve no conselho de administração da estatal entre 1999 e 2003, além de ter sido da equipe econômica no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Sobre as turbulências políticas e a interinidade do governo de Michel Temer, Parente afirmou que a empresa não pode perder tempo.

“Minha perspectiva em termos de tempo é ficar aqui e fazer o que tem que ser feito. Não posso ficar esperando essa decisão (do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff)”, disse Parente ao “WSJ”.

Além disso, Parente reafirmou que recebeu garantias de que não haverá interferências políticas na estatal e de que trabalhará com os sindicatos para cortar custos: “Estou pronto para dialogar (com os sindicatos), mas com base em informações e fatos”, disse Parente. “Infelizmente. alguns sindicatos têm visões dogmáticas. Mas estou totalmente aberto ao diálogo”.

Parente também indicou ao “WSJ” como ele deve lidar com mais de uma dúzia de processos de investidores americanos que compraram ADRs da Petrobras em Nova York, entre eles estão Pimco e Gates Foundation Trust: “A História mostra que acordos são feitos”.

O Globo

Fonte: J.Belmont

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