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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Machado citou ter repassado propina a ao menos 18 políticos de vários partidos

Quinta, 16 de Junho de 2016 

Foto: Transpetro
O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou em seus depoimentos de delação premiada ter repassado propina a ao menos 18 políticos de diferentes partidos: PMDB, PT, PP, DEM, PSDB e PSB. Destes, o que mais arrecadou foi o PMDB, responsável por sua indicação à Transpetro: seriam cerca de R$ 100 milhões, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo. Ele informou nas oitivas que era procurado por políticos em busca de doações. Machado então pedia os repasses às empresas que tinham contrato com a subsidiária da Petrobras. "Embora a palavra propina não fosse dita, esses políticos sabiam ao procurarem o depoente que não obteriam dele doação com recursos do próprio, enquanto pessoa física, nem da Transpetro, e sim de empresas que tinham relacionamento contratual com a Transpetro", afirmou o ex-gestor. A lista de beneficiários inclui adversários do PT, como o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB-PE, morto em 2014), o senador José Agripino Maia (DEM-RN) e o deputado Felipe Maia (DEM-RN). Também foram citados caciques do PMDB, como Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e José Sarney (AP), além de os parlamentares e ex-parlamentares: Cândido Vaccarezza (PT-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Luiz Sérgio (PT-RJ), Edson Santos (PT-RJ), Francisco Dornelles (PP-RJ), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Ideli Salvatti (PT-SC), Jorge Bittar (PT-RJ), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Valter Alves (PMDB-RN) e Valdir Raupp (PMDB-RO). No caso específico de Renan, Jucá e Sarney, Machado contou que eles receberam tanto por meio de doações oficiais como de dinheiro em espécie. O ex-presidente da Transpetro detalhou quais as doações feitas a ele podem ser consideradas como propina e quais empresas aceitavam fazer pagamentos de forma ilícita: Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, NM Engenharia, Estre Ambiental, Polidutos, Essencis Soluções Ambientais, Lumina Resíduos Industriais e Estaleiro Rio Tietê. "Quando chamava uma empresa para instrui-la a fazer doação oficial a político, ele sabia que isso não era lícito, que a empresa fazia doações em razão de seus contratos com a Transpetro", disse Sérgio Machado, em um de seus depoimentos.

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