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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

PPS deve seguir PSDB e anunciar rompimento formal com Cunha

Quinta, 12 de Novembro de 2015 

por Igor Gadelha e Daiene Cardoso | Estadão Conteúdo
Foto: Lula Marques / Agência PT

O PPS deverá seguir o PSDB e anunciar formalmente o rompimento com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo o líder do partido na Casa, Rubens Bueno (PR), a ideia é fazer uma reunião da bancada para fechar o discurso até o início da próxima semana. Bueno afirma que o encontro deverá ocorrerá somente na terça-feira, 17, pois não está conseguindo conciliar a agenda de todos os deputados da sigla. O líder destacou que, embora ainda não tenha formalmente anunciado o rompimento, o PPS já vem adotando discurso contra Cunha desde o início de outubro. Ele lembrou que, no último dia 10, a legenda assinou nota juntamente com outros partidos da oposição pedindo o afastamento do peemedebista da Presidência da Câmara. Com o surgimento de provas contundentes contra Cunha, a nota foi reiterada pelos opositores no dia 20 de outubro. Bueno lembrou que, na prática, o PPS já está rompido com Cunha. "Tanto que essa foi a terceira semana que não participamos da reunião de líderes na casa dele", destacou. Ele se refere às reuniões semanais, geralmente na hora do almoço, que líderes partidários têm com Cunha às terças-feiras. Para o deputado do PPS, as denúncias contra o peemedebista são "muito graves" e as explicações dadas por ele à imprensa, "muito frágeis". Mais cedo, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), anunciou a ruptura formal da bancada com Eduardo Cunha, que é alvo de representação no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. Ele alegou que as provas contra o presidente da Câmara são contundentes e a defesa apresentada pelo peemedebista foi inconsistente. Para ele, as entrevistas que Cunha deu à imprensa no fim de semana foram um "desastre". O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), disse que a bancada deve seguir o posicionamento do PSDB sobre o afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "O tom do DEM é de elevação, de cobrança pelo afastamento e de esclarecimentos dos fatos", declarou. Mendonça admitiu que o anúncio prévio do PSDB causou um desalinhamento na articulação da oposição por não ter sido combinado de antemão, mas que o episódio não compromete a união dos partidos oposicionistas. "Vamos continuar jogando juntos", afirmou.

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