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sábado, 13 de junho de 2015

Lula diz que militante precisa ter obrigação de dar 'pequena doação' ao partido

Sábado, 13 de Junho de 2015 

por Ana Fernandes, Vera Rosa e Ricardo Galhardo | Estadão Conteúdo
Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na manhã desta sexta-feira (12) do lançamento da plataforma de doações individuais do PT, realizado no 5º Congresso da legenda em Salvador. Ele dedicou o discurso a fazer um apelo pela nova ferramenta que pode ajudar a resolver "parte dos problemas" do PT. "Lembro que, na campanha de 1989, a gente vendia camiseta, vendia até adesivo de carro para o segundo turno. Os tempos mudaram. Acho que naquele tempo a gente fazia PT com mais intensidade que hoje", disse Lula como uma forma de incentivar a contribuição dos militantes. "Militante precisa ter a obrigação de dar uma pequena doação ao seu partido", afirmou o ex-presidente. Lula voltou a provocar a imprensa dizendo que não vão ser outras categorias, como jornalistas, que vão contribuir com a legenda. "Não vão ser os jornalistas que estão sendo demitidos em larga escala que vão ajudar", afirmou. O ex-presidente repetiu que o partido passa por um momento difícil e que não há "solução individual", frisando a argumentação de que o partido é vítima de uma "tentativa muito bem planejada" de criminalização. Lula voltou a comparar a situação atual ao nazismo. "É só assistir a um filme pra ver como nasceu o nazismo ou o fascismo que a gente vê como começa", disse. E falou também da presença do líder do Revoltados Online, Marcello Reis, no hotel onde ocorre o congresso - gerando revolta entre petistas. "Pode ter até desaforado que acha que pode vir pra 'avacalhar' o congresso do PT". Para mudar a situação, Lula pediu a contribuição financeira e de militância dos presentes. Disse que já foi vendedor de camiseta e de "estrelinha" do PT e pediu dedicação. Lula passou uma mensagem também aos deputados e senadores petistas. Fez um apelo para que os parlamentares doem um fim de semana do mês para atividades do partido, para rodar o País e ajudar o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, na tarefa de divulgação positiva. "Sei que cada companheiro tem que trabalhar sua base no fim de semana. Mas acontece que o deputado, o senador, é uma autoridade. Cada local que ele chegar vai dar uma entrevista para a rádio local, para o jornal, vai ajudar o PT a voltar a ser o que era", argumentou. "Nós somos da paz, mas eles não deixam a gente em paz. Querem bombardear o PT todo santo dia", reclamou Lula. "Nossa resposta é não fazer jogo rasteiro deles, que querem destruir o legado que está sendo construído neste País pelo Partido dos Trabalhadores. O momento, embora complicado para o PT, acho que é de ressurgimento do nosso partido", completou. Lula disse que o esforço vai ajudar a oxigenar, renovar o PT e encerrou pedindo para que a militância não esqueça do seu apelo: "Vamos dar ao PT a tranquilidade e o oxigênio de que ele precisa". Durante o discurso, ex-presidente brincou com a plateia exibindo um cartão de crédito com seu nome e a bandeira do cartão do PT. Ele contou que o partido ficou dois anos negociando com o Banco do Brasil para lançar o cartão de crédito, mas que a iniciativa - que verteria taxas para o partido como forma de arrecadação a cada transação - foi vetada pela Justiça Eleitoral.

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