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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Vivendi rejeita proposta da TIM e negocia GVT com a Vivo

29de agosto de 2014

Paris (AE) - O Conselho de Supervisão da gigante de mídia francesa Vivendi informou ontem, em Paris, que entrará em negociações exclusivas com a Vivo, controlada pela Telefonica, pela venda da GVT no Brasil. A decisão representa um revés para a TIM Brasil, que disputava com a multinacional espanhola. As propostas das duas companhias telefônicas brasileiras, TIM e Vivo, pela GVT no Brasil haviam sido formalizadas aos diretores da Vivendi na segunda-feira, 25.

Aldair Dantas


A negociação pela GVT não é a única nas telecomunicações: Empresas rivais estudam comprar a TIM

Segundo comunicado da companhia francesa, a proposta da TIM Brasil previa 7 bilhões de euros, mas apenas 1,7 bilhão de euros em numerário. A maior parte seria paga em títulos da Telecom Italia Mobile, 16% do capital e 21,7% das ações com direito a voto, e da própria TIM Brasil, que repassaria à Vivandi 15% de suas ações. A oferta expiraria em 20 de setembro, mas foi considerada menos atraente pelos executivos de Paris.

Já a oferta da Vivo soma 7,45 bilhões de euros, parte em numerário - 4,66 bilhões de euros. O restante deve ser pago parte em ações da Telefonica Brasil, que lhe repassará 12% do capital, e parte em 5,7% do capital e de 8,3% das ações com direito a voto da Telecom Italia em poder da empresa espanhola. Essa oferta era mais urgente: expirava hoje. “Aos olhos da estratégia do grupo e no melhor interesse de seus acionários, o Conselho de Supervisão decidiu entrar em negociações exclusivas com a Telefonica”, informou o comunicado distribuído pela Vivendi. A empresa destaca, porém, “a pertinência e a qualidade da oferta da Telecom Italia”.

Ainda de acordo com o Conselho de Supervisão, “o desengajamento da GVT permitirá ceder a última empresa de telecom detida inteiramente pela Vivendi, após as vendas da Maroc Telecom e da SFR”, diz a nota, que faz referência à número 2 do mercado francês.

“O preço proposto pela Telefonica foi considerado particularmente atraente, com um lucro de mais de 3 bilhões de euros”, completa o comunicado. “As outras condições da oferta, limitando ao estrito mínimo o risco de execução da operação e os engajamentos de Vivendi após à venda, respondem igualmente aos objetivos de Vivendi.”

A companhia francesa, que decidiu se concentrar na produção de conteúdo por meio de subsidiárias como a rede de TV paga Canal+ e o estúdio de cinema Universal, afirma que o acordo entre Telefonica e Vivendi “permitiria desenvolver projetos comuns na área de conteúdos e mídias” e que Vivendi, se quiser, “pode se tornar acionário da Telecom Italia comprometendo títulos brasileiros pelos italianos”. “A oferta da Telefonica responde melhor aos objetivos estratégicos e financeiros do grupo”, ressalta a empresa.


Fonre: Tribuna do Norte

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