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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Dupla retirada de mama após câncer é feita sem indicação em 70% de casos, diz estudo




Atriz Angelina Jolie optou por procedimento em 2013 para prevenir tumor

Um estudo aponta que a maioria das mulheres que opta pela dupla mastectomia depois de serem diagnosticadas com câncer de mama não tem indicação clínica para realizar o procedimento. Segundo a pesquisa norte-americana, publicado na revista “JAMA Surgery” nesta quarta-feira (21), 68,9% das mulheres que optam pela dupla retirada da mama não se enquadravam nesse perfil. 

Os especialistas informam que a possibilidade de retirar as duas mamas após o diagnóstico de câncer é apresentada principalmente a mulheres com histórico familiar da doença. Outra recomendação é para aquelas que apresentam mutação genética que determina maior risco de o câncer vir a aparecer nas duas mamas. Ainda de acordo com o estudo, pesquisas anteriores já apontaram que, ao redor do mundo, a ocorrência da chamada mastectomia profilática contralateral (MPC) – quando a mama não afetada pelo câncer também é retirada como forma de prevenir o surgimento da doença – tem aumentado, o que traz preocupações de que essa opção esteja sendo adotada de forma indiscriminada. “As mulheres parecem estar usando a preocupação em relação à reincidência do câncer para optar pela mastectomia profilática contralateral. 

Isso não faz sentido porque ter um seio não afetado removido não vai reduzir o risco de reincidência no seio afetado”, afirma a pesquisadora Sarah Hawley, professora da Escola de Medicina da Universidade de Michigan e uma das autoras da pesquisa. Participaram do levantamento 1.447 mulheres americanas diagnosticadas com câncer de mama, com idade média de 59 anos. Informações do G1.

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