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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Seguem cancelados voos da Noar Linhas Aéreas



A empresa Noar Linhas Aéreas, companhia responsável pelo bimotor que caiu no Recife, divulgou que os quatro voos programados para esta quinta-feira seguem cancelados.

Segundo assessoria, a empresa está inoperante para "reorganizar a malha aérea e disponibilizar a aeronave para a Aeronáutica". A companhia atua há um ano e operava na região com duas aeronaves. O acidente, que ainda não possui causas esclarecidas, matou 16 pessoas.

A previsão é que a Noar retome as operações no Aeroporto Internacional do Recife a partir de sexta-feira (15) - o que ainda será confirmado ao final do dia pela assessoria de imprensa.

Na quarta (13), no dia do acidente, a empresa aérea informou, durante coletiva, que o avião que caiu passou por manutenção de rotina no último final de semana, operava há menos de um ano e que era seguro.

O iG mostrou na tarde desta quarta-feira que um em cada dez aviões bimotor LET-410, fabricados pela Companhia Let Aircraft, da República Tcheca, já se envolveu com acidentes. Este é o modelo usado pela Noar. Desde 1981, há pelo menos um acidente por ano com uma aeronave semelhante à usada pela Noar.

O diretor de operações da empresa, comandante Marco Sendin, contestou as estatísticas e declarou: “Colocaria minha família para viajar nele”. As estatísticas foram produzidas pela consultoria Aviation Safety Network, uma das principais referências mundiais em dados sobre acidentes aéreos.

Segundo o diretor comercial da empresa, Giovanne Farias, a aeronave foi escolhida por critérios de viabilidade econômica e confiabilidade, já que o modelo é certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Ainda segundo Farias, foram feitos ajustes e peças foram trocadas no último final de semana. “Nossas aeronaves voam em perfeitas condições, seguimos rigorosamente toda a legislação brasileira”, disse ele, que abriu sua entrevista lamentando a morte das 16 vítimas do voo.

O motor - Farias afirmou que a manutenção do motor foi feita pela fabricante e que a peça está em boas condições. Uma das hipóteses para a queda do avião é perda de potência do motor do avião.

O presidente da empresa, Djalma Cintra Júnior, também disse que não havia relatos de pilotos da empresa quanto à perda de potência de motor da aeronave, relatado pelo irmão do copiloto, em entrevista a uma rádio do Recife.

A empresa disse ainda que o voo partiu abaixo do peso máximo permitido pela Anac. Segundo ele, a aeronave deixou o Aeroporto Internacional do Recife / Guararapes-Gilberto Freyre com 5.559 quilos. O máximo é de 6.000 quilos.

Farias também informou que a caixa-preta do avião e os destroços estão sob a custódia da Aeronáutica e que o Instituto Médico Legal (IML) já estava recolhendo material dos familiares com o intuito de fazer o exame de DNA para reconhecimento dos corpos.

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