domingo, 22 de junho de 2025

Jornalista militante da Globo faz um dos comentários mais execráveis da história da emissora (veja o vídeo)

Domingo, 22 de junho de 2025

Comportamento selvagem, assim pode ser definido o comentário da dita ‘jornalista’ Eliane Cantanhêde, da Rede Globo, sobre a guerra entre Israel e Irã.

Basicamente, a mulher está indignada pelo fato de poucos israelenses terem morrido.

“Os mísseis do Irã que caem em Israel e não matam ninguém. Uma mortezinha aqui, outra ali”, disse a mulher.

Sem dúvida, é algo vergonhoso, abjeto, putrefato.

O sorriso debochado no final é repugnante.

Veja o vídeo:

  • Fonte: Jornal da Cidade Online

“Agora o presidente do BC é de vocês”, diz Rogério Marinho ao criticar silêncio do governo federal sobre mais uma alta nos juros

Domingo, 22 de junho de 2025

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O líder da bancada de oposição no Congresso Nacional, o senador norteriograndense Rogério Marinho (PL), estranha o silêncio do governo federal em relação a alta da taxa de básica de juros da economia do país, a chamada Taxa Selic, que saiu de 14,75% para 15% na quarta-feira (18), por decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Mas Rogério Marinho destacou o fato de que o atual presidente do BC, Gabriel Galípolo, empossado no cargo em janeiro de 2025 em substituição a Roberto Campos Neto, foi indicado e nomeado pelo presidente Lula (PT). “O nome do presidente do Banco Central é Galípolo, repita comigo, Galípolo, indicado por Lula. Hoje os juros que são cobrados, estratosféricos, foram definidos por Galípolo e pela maioria dos indicados do presidente Lula”, ironizou o senador, nas redes sociais, ao cobrar posicionamentos do líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) e da ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da presidência da República, a deputada federal licenciada Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Rogério Marinho mencionou que Campos passou dois anos na presidência do BC e era tido por Lula e PT como culpado pela escalada de alta da Taxa Selic: “Não foi ele, com essa política fiscal absolutamente irresponsável, que impediu que nós tivéssemos a trajetória descendente dos juros, isso inibe o investimento no Brasil. Isso gera insegurança para quem é empreendedor ou quem financia o governo brasileiro através da compra dos títulos de dívida pública”.

Marinho alertou que “isso gera problema na nossa questão do câmbio”, mas o presidente Lula “ Ele foi dizer, recentemente, que o brasileiro não come dólar. Para Marinho, “ele (presidente) não entende, talvez, que a gente compra produtos importantes que são insumos, tanto alimentares como para a nossa indústria, em dólar”.

O deputado federal General Girão também criticou a postura do governo Lula, que nada disse sobre a Selic ter deixado ao mesmo nível de 2006, justamente no último ano do seu primeiro mandato presidencial: “O PT não tem mais Roberto Campos para culpar, e mesmo assim o governo segue perdendo a guerra para a inflação”.

Girão completou, dizendo que “a política econômica do governo Lula se mostra ineficaz e quem paga a conta é o povo”.

Da base de Lula, a deputada federal Natália Bonavides chegou a se manifestar nas redes sociais, considerando “um absurdo e inaceitável” a elevação da Selic. “É urgente uma guinada nessa política que só beneficia quem especula, e não quem produz. O presidente do BC precisa mudar de postura diante das pressões do capital financeiro, não há nenhuma teoria econômica que justifique isso como razoável”.

O ex-presidente do BC, Campos Neto, quebrou o silêncio após a autoridade monetária elevar os juros ao patamar de 15%, a maior taxa em 20 anos. “Eu poderia falar: ‘Viu? Me criticaram tanto e agora a taxa está maior’. Mas minha honestidade intelectual não me deixa embarcar nessa. Eu teria feito a mesma coisa”, disse.

“Acho que o ganho de credibilidade frente ao custo monetário era claramente favorável a este último ajuste, dada a necessidade de reverter as expectativas desancoradas”, relatou Campos Neto.Durante o seu mandato à frente do BC, que começou em 2019 e acabou no começo do ano, Campos Neto elevou a Selic de 2% para 13,75%, em um dos maiores ciclos de alta dos juros da história recente do Brasil.

Ao justificar a alta da Selic. O Copom considerou que “o ambiente externo mantém-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos”.

Além disso, segundo nota do BC, “o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos também têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes em ambiente de acirramento da tensão geopolítica”.

Tribuna do Norte

ELEIÇÕES 2026: Entre Michelle e Tarcísio, Bolsonaro diz torcer pela esposa mas pondera que pleito sem ele “é negação à democracia”

Domingo, 22 de junho de 2025

Foto: CNN

Em um cenário no qual não possa ser candidato à presidência em 2026, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que torce por sua esposa, Michelle. Mas ponderou que, o pleito sem ele, “é uma negação à democracia”.

O ex-mandatário passou por exames neste sábado (21), em Brasília, após passar mal em uma agenda em Goiânia na manhã de sexta-feira (20). Segundo sua assessoria, os procedimentos já estavam marcados.

Ao conversar com a imprensa após os exames, foi questionado se, caso ele não possa ser candidato à presidência no próximo ano, quem seria no lugar dele: se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ou sua esposa, Michelle Bolsonaro. O ex-chefe do Executivo respondeu: “Eu torço pela Michelle, ela é a primeira a falar entre nós três. A primeira a falar vai ser ela”.

Bolsonaro ainda pontuou que as investigações sobre a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) paralela, que teria espionado ilegalmente autoridades, é “mais uma narrativa” para tirá-lo de vez da disputa no ano que vem.

O ex-presidente também voltou a defender sua participação nas eleições. “Eleições ano que vem, pelo que tem até agora posto na mesa, sem Jair Bolsonaro, é uma negação à democracia. […] Nós podemos admitir que meia dúzia de burocratas decidam quem vai ser ou não ser candidato?”, disse, na porta do hospital.

Em junho de 2023, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tornou Bolsonaro inelegível por oito anos, entendendo que ele cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, ao reunir embaixadores, em julho de 2022, para atacar, sem provas, o sistema eleitoral.

Posteriormente, Bolsonaro foi condenado novamente à inelegibilidade pelo TSE, desta vez por abuso de poder político e econômico durante as cerimônias do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, durante a campanha eleitoral

CNN Brasil

Dados assustadores sobre venezuelanos refugiados surgem e Lewandowski é encurralado

Domingo, 22 de junho de 2025




Mecias convidou os colegas senadores para visitarem Boa Vista e conhecer a situação difícil de venezuelanos que chegam ao Brasil por Roraima. Segundo o senador, os venezuelanos são vítimas fáceis para serem cooptadas pelo crime. Ele citou como exemplo uma operação em que a Polícia Federal desmantelou grupos que fraudavam o benefício de prestação continuada (BPC) com a utilização de migrantes venezuelanos. O senador também disse que sempre vai pautar seu mandato pela defesa dos roraimenses.

Para o senador, causa estranheza o grande aumento do número de estrangeiros dentro do programa Bolsa Família. Ele disse que os dados revelam um aumento de 540% nos últimos cinco anos de estrangeiros beneficiados com o programa. São mais de 170 mil estrangeiros, sendo a metade de venezuelanos. Ele reconheceu que a fome “não tem cor ou nacionalidade, mas tem urgência”. O senador também apontou a importância de combater a xenofobia.

"Porém, a solidariedade não pode servir como justificativa para o surgimento de organizações criminosas especialistas em corrupção", ponderou o senador.


Fonte: Jornal da Cidade Online 

Carla Zambelli contra-ataca

Domingo, 22 de junho de 2025

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) divulgou um robusto dossiê técnico de defesa no qual reafirma sua inocência no episódio em que foi acusada de envolvimento com a suposta invasão de sistemas do Judiciário. O documento, que circula em meios diplomáticos italianos, também questiona a legalidade do processo conduzido pelo STF e levanta sérias preocupações com as condições do sistema carcerário brasileiro, caso se concretize a hipótese de sua extradição para o Brasil.

Zambelli — que é cidadã italiana e atualmente está em território europeu — reconhece a possibilidade de extradição, mas trabalha juridicamente para impedir que isso ocorra sem garantias formais de respeito a seus direitos fundamentais. O dossiê, com dez capítulos, argumenta de forma técnica e respeitosa, sem ataques a instituições, mas expondo irregularidades no processo conduzido contra ela.

A defesa da parlamentar traça um paralelo com o caso do ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado no escândalo do Mensalão — um dos maiores casos de corrupção da história do país, ocorrido no governo Lula. À época, a Justiça italiana se recusou inicialmente a extraditar Pizzolato devido ao estado calamitoso das prisões brasileiras, reconhecido por entidades internacionais como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch.

Assim como no caso Pizzolato, a defesa de Zambelli busca assegurar que sua integridade física e psicológica seja respeitada. A possibilidade de que uma parlamentar, com mandato conferido pelo povo, seja submetida ao mesmo sistema prisional apontado como violador sistemático de direitos humanos preocupa juristas, diplomatas e setores da sociedade civil internacional.

Defesa invoca tratados internacionais e a Constituição italiana

No documento, o advogado Fábio Pagnozzi, membro da Comissão de Direito e Ética da OAB-SP, contesta a legalidade da condenação imposta à deputada e denuncia violação de garantias constitucionais durante o processo conduzido no Brasil. Ele invoca instrumentos jurídicos como o Pacto de San José da Costa Rica, a Convenção Europeia de Direitos Humanos, o tratado de extradição Brasil-Itália e dispositivos do Código Penal italiano, que proíbem a entrega de cidadãos quando há risco de tratamento desumano ou prisão arbitrária.

Segundo Pagnozzi, “a crise humanitária no sistema prisional brasileiro é documentada e inegável”, e deve ser considerada pelas autoridades italianas no momento de decidir sobre uma possível extradição.

A defesa reforça que Zambelli não busca privilégios, mas o cumprimento de padrões mínimos de dignidade e devido processo legal. Caso a extradição se concretize, a expectativa é que organizações internacionais monitorem a execução da pena no Brasil ou que se considere até mesmo a possibilidade de cumprimento em território italiano.

O advogado é direto:

“A defesa de Zambelli é sólida. Não se pede impunidade, mas justiça. O Brasil tem responsabilidade internacional em garantir que nenhum cidadão, muito menos uma parlamentar eleita, seja entregue a um sistema que não assegura os direitos humanos mais básicos.”


Fonte: Jornal da Cidade Online 

Lula afunda o Brasil: Gastos crescem em ritmo de quase o dobro da receita

Domingo, 22 de junho de 2025

A ânsia por impostos tem feito a arrecadação do país aumentar substancialmente, porém nada parece ser suficiente para conter os gastos da gestão de Lula.

Tudo indica que esse padrão deve se manter em 2026, o que fatalmente levará o país para o chamado “shutdown”, a falta de dinheiro para as despesas básicas.

Ao longo do terceiro mandato de Lula, a equipe econômica obteve aumento acima da inflação na receita líquida (livre de transferências para estados e municípios, entre outras) de R$ 191,3 bilhões, com arrecadação prevista neste ano de R$ 2,318 trilhões. No período, as despesas cresceram R$ 344 bilhões, devendo atingir R$ 2,415 trilhões, segundo dados da IFI (Instituição Fiscal Independente, do Senado) e do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do Tesouro Nacional.

Por isso, Haddad corre desesperadamente para criar mais impostos. O caos se aproxima.


Fonte: Jornal da Cidade Online

Atentado de 2018 deixou graves sequelas: "A faca perfurou mais que o abdômen de Bolsonaro"

 Domingo, 22 de junho de 2025

O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que os episódios de náusea e desconforto vividos por seu pai nesta sexta-feira (20) durante um churrasco em Goiânia estão diretamente ligados às consequências da facada sofrida por Bolsonaro em 2018, durante a campanha presidencial.

Segundo relatos, o ex-presidente já vinha apresentando sintomas desde o dia anterior. Em um evento público realizado na quinta-feira (19), ele interrompeu seu discurso ao arrotar em meio ao público, pedindo desculpas:

“Desculpe aqui porque eu estou muito mal. Eu vomito 10 vezes por dia, talvez”, declarou.

Carlos Bolsonaro utilizou suas redes sociais para comentar o estado de saúde do pai, compartilhando uma matéria sobre o ocorrido e responsabilizando os efeitos colaterais das cirurgias abdominais e o uso de opioides pelo quadro clínico.

“Para controlar dores agudas, foi necessária a administração de medicamentos opioides”, afirmou o vereador, explicando que substâncias como o fentanil, normalmente empregadas em ambiente hospitalar, fazem parte do tratamento.

Na manhã de sexta-feira, Bolsonaro participava de um encontro com apoiadores no Frigorífico Goiás, mas precisou se retirar antes do previsto e seguir para Brasília. Pessoas próximas garantiram que o ex-presidente passa bem e já se encontra em sua residência na capital federal.

Desde o atentado de 2018, Jair Bolsonaro foi submetido a seis intervenções cirúrgicas na região abdominal, número que, segundo especialistas, aumenta o risco de novas complicações decorrentes de aderências.

Ao comentar sobre o caso, Carlos Bolsonaro também fez uma crítica ao sistema de Justiça do país.

“A faca perfurou mais que o abdômen de Bolsonaro: ela cortou qualquer ilusão de que o Estado trata a ele e sua família com igualdade diante da lei e da dor do ser humano”, declarou.


Fonte: Jornal da Cidade Online 

Resgate de brasileira que caiu durante trilha em vulcão na Indonésia é adiado devido ao mau tempo; ela está isolada há mais de 14 horas

Domingo, 22 de junho de 2025

Foto: reprodução

A embaixada brasileira na Indonésia informou que o resgate da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, precisou ser adiado devido ao mau tempo, baixa visibilidade e terreno extremamente íngreme. O comunicado foi repassado à família da niteroiense. Juliana está ferida e isolada em uma encosta do Monte Rinjani, na ilha de Lombok, após cair durante uma trilha na sexta-feira e aguarda o resgate há mais de 14h.

“Até as 17h30 no horário local (6h30 de domingo no horário de Brasília), a equipe conjunta de busca e salvamento chegou ao ponto onde foi encontrado o mochilão da vítima, mas ainda não conseguiu alcançá-la devido às condições climáticas, baixa visibilidade e terreno íngreme. As operações serão retomadas pela manhã”, informou a embaixada brasileira, segundo familiares.

O acidente ocorreu por volta das 19h da sexta-feira (horário de Brasília), e desde então Juliana aguarda socorro. Ela caiu cerca de 300 metros encosta abaixo e, segundo a família, está consciente, mas exposta a risco de uma nova queda, “na beira de um precipício”.

Local da queda de Juliana Marins na Indonésia — Foto: Reprodução

Local da queda de Juliana Marins na Indonésia — Foto: Reprodução

— Depois de cair ela ainda deslizou cerca de 300 metros montanha abaixo. É possível que ela não sobreviva por conta da demora no resgate e caia — diz a irmã, Mariana Marins.

A primeira tentativa de resgate ocorreu na madrugada de sábado, mas os socorristas não conseguiram ultrapassar a área de acesso crítico. Uma nova equipe de montanhistas especializados foi mobilizada e avançou até onde foi encontrado o mochilão da jovem. A previsão, agora, é de que o resgate seja retomado ao amanhecer de domingo na Indonésia (noite de sábado no Brasil).

Juliana está em um mochilão pelo Sudeste Asiático desde fevereiro, e já visitou países como Filipinas, Tailândia e Vietnã. Na Indonésia, ela participava de uma trilha guiada quando sofreu a queda.

A família só foi informada cerca de três horas após o acidente, por meio de turistas espanhóis que estavam no local. Eles localizaram o perfil da jovem nas redes sociais e entraram em contato com conhecidos no Brasil, que conseguiram acionar parentes e autoridades.

O Globo

EUA enviam para o Pacífico bombardeiros capazes de destruir fortaleza nuclear no Irã

Domingo, 22 de junho de 2025

Bombardeiro B-2 dos EUA em voo por local não revelado — Foto: USAF / AFP

Bombardeiros B-2, capazes de transportar as únicas bombas existentes que, segundo estimativas de Israel, poderiam destruir a instalação nuclear fortificada de Fordow, no Irã, decolaram da Base Aérea de Whiteman, no Missouri, na manhã deste sábado, em direção à estratégica Base Naval de Guam, no Oceano Pacífico, de acordo com dados de voo visíveis e gravações de comunicação do controle de tráfego aéreo dos Estados Unidos.

Os bombardeiros teriam sido acompanhados por quatro aeronaves de reabastecimento Boeing KC-46 Pegasus. Duas delas já realizaram o reabastecimento das aeronaves B-2 sobre o Oceano Pacífico, de acordo com relatos da emissora pública israelense KAN. As outras estão cerca de 75 quilômetros atrás delas. Mais duas aeronaves de reabastecimento decolaram do norte de São Francisco e estão se dirigindo para o norte, acrescentou a reportagem. O próximo ponto de reabastecimento seria no Havaí.

Os bombardeiros furtivos B-2, de fabricação americana, são os únicos capazes de transportar uma “bunker buster”, uma bomba de quase 14 toneladas projetada para destruir bunkers subterrâneos profundos ou armas bem enterradas em instalações altamente protegidas. Acredita-se que ela seja a única arma lançada por via aérea com alguma chance de destruir Fordow, a instalação nuclear mais fortemente protegida do Irã, construída no interior de uma montanha para protegê-la de ataques.

Instalação nuclear de Fordow, no Irã — Foto: Editoria de Arte / O Globo
Instalação nuclear de Fordow, no Irã — Foto: Editoria de Arte / O Globo

A bomba tem um revestimento de aço muito mais espesso e contém uma quantidade menor de explosivos do que bombas de uso geral de tamanho semelhante. As carcaças pesadas permitem que a munição permaneça intacta ao atravessar solo, rocha ou concreto antes de detonar.

Atacar Fordow é central para qualquer esforço de destruir a capacidade do Irã de produzir armas nucleares. Mas a avaliação predominante é que Israel não consegue destruir Fordow sozinho — os EUA bloquearam o fornecimento da bunker buster ao seu aliado e, embora as forças israelenses tenham caças, não desenvolveram bombardeiros pesados capazes de transportar essa arma.

— Temos essa política há muito tempo de não fornecer essas armas a Israel porque não queríamos que eles as usassem — disse o general Joseph Votel, que comandava o Comando Central dos EUA durante o primeiro mandato de Trump, acrescentando que os EUA veem a bunker buster principalmente como um elemento de dissuasão, um ativo de segurança nacional exclusivo, mas que, se disponibilizado, poderia incentivar Israel a iniciar uma guerra com o Irã.

O Irã construiu a instalação de centrífugas em Fordow ciente de que precisava enterrá-la profundamente para evitar ataques. Em 1981, usando caças F-15 e F-16, Israel bombardeou uma instalação nuclear perto de Bagdá como parte de seu esforço para impedir que o Iraque adquirisse armas nucleares. Aquela instalação era acima do solo.

— Os iranianos entenderam plenamente que os israelenses tentariam se infiltrar em seus programas e, por isso, construíram Fordow dentro de uma montanha há muito tempo, para lidar com o problema pós-Iraque [apresentado pelo ataque de 1981] — explicou Vali Nasr, especialista em Irã e professor da Universidade Johns Hopkins.

Ao longo dos anos, os israelenses elaboraram diversos planos para atacar Fordow na ausência das bunker busters fornecidas pelos EUA. Um desses planos, apresentado a altos funcionários do governo de Barack Obama, envolvia helicópteros israelenses com comandos a bordo voando até o local. Os comandos então lutariam para entrar na instalação, instalariam explosivos e a destruiriam, segundo ex-funcionários dos EUA.

Israel montou com sucesso uma operação semelhante na Síria no ano passado, quando destruiu uma instalação de produção de mísseis do Hezbollah. Mas Fordow seria uma empreitada muito mais perigosa, segundo militares.

O Globo